domingo, 25 de janeiro de 2015

Manga - Prefeito culpa Estado por falência no atendimento hospitalar em Manga, mas parece esquecer que é parte da solução


Prefeito Anastácio e a placa da Fundação mantenedora do único hospital de Manga: município não tem como ficar longe da crise
O prefeito de Manga, Anastácio Guedes (PT), perdeu uma boa chance para adotar a prudência como companheira. Em nota divulgada no site oficial do município, na quinta-feira (22), o prefeito “faz questão de frisar” que a Fundação Hospitalar de Amparo ao Homem do Campo, a entidade mantenedora do único hospital da microrregião de Manga, tem gestão própria e não possui vínculo algum com a gestão municipal. Não é preciso ser o gênio da lâmpada para entender o movimento: Anastácio faz tentativa de distanciar sua gestão da crise que ameaça fechar o único hospital da microrregião de Manga. 
Tentativa inútil, vale destacar, porque não é possível dissociar o caos que se começa a instalar na saúde local com gestos e ações que se espera do gabinete do prefeito. Sim, a Fundação Hospitalar de Amparo ao Homem do Campo tem autonomia em relação ao município, mas é uma autonomia relativa, de direito e CNPJ, mas nunca de fato. Se fosse o contrário, Anastácio e o deputado estadual Paulo Guedes (PT) não teriam feito tanto empenho para eleger o atual presidente da entidade, Ulisses Sales, há menos de um mês, quando derrotaram a tentativa do atual vice-prefeito, Eliel Dourado (PRB), em controlar o Hospital de Manga. Aliado da administração até outro dia, Eliel é irmão do médico Cândido Dourado. 
No comunicado atabalhoado, a Prefeitura de Manga lembra que mantém diversos convênios de colaboração com a Fundação e que repassou R$ 900 mil para o Hospital, como contrapartida para custeio dos plantões médicos, maternidade e cirurgias. Anastácio dá entender que dorme o sono dos justos em relação ao problema porque o município superou a porcentagem mínima estabelecida na Constituição Federal para aplicação em saúde (tem obrigação de investir 15% no setor, mas teria aplicado 21% ao longo do ano de 2014).
"Fiz a minha parte"

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