quinta-feira, 27 de março de 2014

Policia Civil indicia ex-presidente José Maria Lopes Ferreira da Câmara de Minas Novas por desvio de verbas Ex-vereador, 2 funcionários públicos e empresário também foram indiciados. Investigações começaram em fevereiro de 2012.

Michelly OdaDo G1 Grande Minas




A Polícia Civil de Minas Gerais divulgou nesta quarta-feira (26) o resultado das investigações de um esquema de desvio de verbas públicas em Minas Novas (MG), que envolve o ex-presidente da Câmara, José Maria Lopes Ferreira, o ex-vereador Geraldo Fernandes, os ex-funcionários públicos Felipe Gabriel Martins Almeida e Josivando Alves Souza, e o empresário Wellington Adão Pires.
De acordo com a PC, o inquérito foi instaurado em fevereiro de 2012, após uma queixa de ameaça registrada pelo ex-vereador João Martins Dutra contra o então presidente do Legislativo. Ele disse para a polícia que foi ameaçado depois de denunciar que José Maria Lopes Ferreira teria se apropriado de um computador que seria da Câmara.
As investigações foram conduzidas pelo delegado Vítor Amaro da Silva e apontaram ainda que o então presidente da Câmara, José Maria, se apropriou de um telão e de uma câmera fotográfica, comprados com verba pública. A irregularidade caracteriza o crime de peculato. De acordo com a Polícia Civil, o chefe do Legislativo também ocultou parte das prestações de contas referentes a 2011.
“O inquérito também apontou que José Maria reuniu-se aos outros quatro indiciados para cometer os crimes contra a administração pública, deixando Wellington responsável pela criação de uma empresa fantasma, que foi usada para simular a prestação de serviços de publicidade à Câmara”, segundo nota divulgada pela PC. No local onde a empresa deveria funcionar, havia um lava jato.
O outro envolvido, Geraldo Fernandes, que ocupava uma das cadeiras do Legislativo, era o responsável por aprovar as notas emitidas irregularmente. Já Felipe Gabriel, contador da Câmara, foi contratado para assumir o cargo de um funcionário de carreira, exonerado por José Maria. E Josivando Alves, motorista, tinha, segundo as investigações, o nome utilizado em notas de viagens, expedidas de forma fraudulenta. Outras pessoas que seriam “laranjas” também são mencionadas no inquérito.
As suspeitas do esquema fraudulento foram reforçadas com a quebra do sigilo telefônico e bancário dos envolvidos. Se condenados, eles podem responder pelos crimes de peculato desvio, formação de quadrilha, dispensa injustificada de licitação e destruição ou inutilização de papéis ou documentos públicos, ameaça e porte ilegal de armas. O inquérito foi encaminhado para a Justiça de Minas Novas.

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