quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Roubalheira nas prefeituras - Corrupção deixou muitos prefeitos de mãos atadas


Obra não saiu da fase de pilares

Mesmo com dezenas de operações realizadas para combater à corrupção nas prefeituras do Norte de Minas, realizadas principalmente pela Polícia Federal e Ministério Público Estadual, muitos gestores insistem em devorar os cofres públicos.
Por isso, quase todos os atuais prefeitos do Norte de Minas reclamam que estão impossibilitados de desenvolverem alguns projetos e assinarem novos convênios, por causa da inadimplência dos municípios por conta de pendências deixadas pelas gestões anteriores. Para viabilizar a resolução dos problemas, muitas prefeituras impetraram Ação Civil Pública com pedido de ressarcimento ao erário e a retirada do nome do município do Sistema Integrado de Administração Financeira – SIAFI.
O prefeito de Juramento, Wendel Pereira de Souza (PP), é mais um gestor deste sertão norte mineiro a encontrar dificuldades em sua administração por causa das irregularidades deixadas pelo seu antecessor, Gilvan Caldeira, do PSDB, que teve inclusive, suas contas rejeitas pelo Tribunal de Contas do Estado. Recentemente, um projeto importante de políticas públicas para mulheres foi reprovado por causa do ex-prefeito que deixou inadimplente aquele município juramentense. Estima-se que o município perdeu, de janeiro de 2013 até os dias atuais, cerca de 1 milhão de reais em benefícios dos governos federal e estadual, em virtude da inadimplência do município deixada pelo ex-prefeito.
Dentre as várias irregularidades, estão as obras de um Centro de Referência de Assistência Social – CRAS, e um Centro de Atenção Psicossocial – CAPS. Ambas estão prontas no papel, mas na realidade tais construções continuam inacabadas, mesmo com um volume exagerado de materiais, conforme as notas fiscais do depósito Max e Borges, em poder do Ministério Público. Para a construção do Cras, por exemplo, foram gastos 100 metros de cabos flexível de 4 mm e 200 metros de 2,5 mm, mesmo sem nenhuma instalação elétrica, sem falar nas 9.000 telhas adquiridas, para o prédio que está totalmente destelhado. Aliás, tendo construído apenas duas paredes e alguns pilares. Já na construção do Caps os exageros continuam, incluindo 17 latas de tintas e 10.000 telhas, mesmo o prédio estando destelhado e apenas no reboco. Esses materiais e outros constantes de notas fiscais em poder do Ministério Público, de acordo com informações levantadas pelo emcimadanoticia, não utilizados nas referidas obras na gestão anterior nem foram encontrados pelo atual gestor do município ao assumir a prefeitura.



Caps - Obra não concluída

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